Dino relaciona assassinos em escolas a manifestantes em Brasília
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que os recentes ataques contra crianças em escolas e as manifestações do 8 de janeiro estão interligados. Em declaração nesta segunda-feira, 10, o ministro disse que esses eventos ocorreram em razão de uma suposta “cultura de violência”, estabelecida durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Para Dino, os dois incidentes são “ecos e reverberações” de uma “ideia de violência extremista”. E todos teriam a mesma matriz.
“Tem influência da ideia de violência extremista a qualquer preço, a qualquer custo”, afirmou o ministro. “O ethos, o paradigma de organização do mundo que golpistas políticos, agressores de crianças e assassinos de crianças têm é o mesmo. É mesma matriz de pensamento. É a matriz da violência.”
A declaração do ministro faz referência aos recentes ataques ocorridos em duas escolas — uma na cidade de São Paulo e outra em Blumenau (SC). Na primeira, um aluno da Escola Estadual Thomazia Montoro atacou funcionários e colegas de classe com uma faca. Uma professora que foi esfaqueada não resistiu aos ferimentos e morreu.
No caso de Blumenau, um homem invadiu uma escola infantil e atacou, com uma machadinha, as crianças que estavam no local. Quatro delas morreram e outras quatro ficaram feridas. Nos dois casos, os agressores foram presos e estão sob custódia.
Palanque na tragédia
Dino declarou que as manifestações do 8 de janeiro fortaleceram as ações propostas pelo atual governo. De acordo com o ministro, houve também uma maior união entre as instituições depois dos atos. “O extremismo político acabou fazendo com que se ampliasse o apoio ao governo, não só social, mas também institucional”, observou.
Entre os planos do governo está a censura das redes sociais. Dino usou o Twitter para atribuir os ataques em escolas à falta de regulamentação na internet.
Sob o pretexto de evitar novos crimes, o ministro declarou que estava constituindo um “grupo emergencial de monitoramento daquilo que é chamado de deep web e dark web”.
Informações da Revista Oeste / Foto: Lula Marques/Agência Brasil
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