As últimas declarações do titular do Ministério da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, sobre a posse de arma de fogo para proprietários de áreas rurais gerou descontentamento dos defensores do Agronegócio e da Pauta Armamentista, a exemplo, do deputado federal, Capitão Alden (PL-BA), uma das principais vozes dos dois segmentos no Congresso Nacional. Para o parlamentar as falas do ministro demonstram desconhecimento do tema com a devida profundidade.

Confira o que Carlos Fávaro disse, que encontra-se em uma publicação de um jornal de grande circulação da Bahia: “É legítimo o homem do campo ter uma ou duas armas para fazer a primeira defesa, um pouco de munição. [...] O presidente [Lula] também pensa assim. Mas também não faz sentido, lá no interior em uma propriedade, ter 100 armas, AR 15, AK 47, fuzil... Pra quê? Então, equilíbrio. O homem do campo vai continuar tendo direito de ter uma arma ou duas e um pouco de munição. Mais do que isso, é exagero”, defendeu.

De acordo com o Capitão Alden, a fala do representante do Ministério da Agricultura e Pecuária é infeliz, pois o Carlos Fávaro não buscou uma interação com os principais envolvidos no assunto, que são os proprietários de áreas rurais, ou seja, o ministro não possui um “raio-x” das situações vivenciadas pelos fazendeiros, por exemplo.

“Desde quando o ministro da Agricultura e Pecuária virou especialista em Pauta Armamentista? Pois fazer menção a calibres de armas de fogo como se fosse algo fora do comum não resolve o problema. Quantas reuniões, audiências públicas ou debates com os principais afetados foram realizadas? Não se pode falar em “exagero” na desburocratização feita por Bolsonaro, pois nosso ex-presidente tem propriedade sobre tema”, alfineta Alden.