23 de Novembro de 2024

‘Não queremos que o país afunde para sermos salvadores da pátria’, diz Bolsonaro após retorno ao Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que não quer que o Brasil afunde para que seja visto como “salvador da pátria”. A declaração foi dada pelo ex-mandatário em entrevista exclusiva ao Morning Show, da Jovem Pan, nesta quinta-feira, 30, dia em que retornou ao país após três meses nos Estados Unidos. Durante a participação, Bolsonaro também disse que fará expediente no partido, que vai dar sugestões às lideranças do partido e que tem uma preocupação “muito grande” com o futuro do Brasil. “Quem faz a oposição são os parlamentares. Chego na condição de uma pessoa mais velha, experiente, que vai fazer expediente no partido, servir de consulta para quem assim o desejar. Também vou dar minhas sugestões, ter uma linha direta com a liderança do partido na Câmara e no Senado. Nós não somos oposição, somos pró-Brasil. Queremos que o Brasil vá para frente. Não queremos que o Brasil afunde para aparecermos como salvador da pátria. Há uma preocupação muito grande com o destino do nosso país, em especial no tocante a economia”, disse Bolsonaro durante a participação no programa.

Em outro trecho da entrevista, Bolsonaro falou sobre os rumores de que sua esposa, Michelle Bolsonaro, se candidataria à Presidência da República em 2026, dizendo que ela já revelou a ele que não quer um cargo no Executivo. “Alguém lançou o nome dela e ela falou que não quer saber de cargo no Executivo. Até porque não tem a vivência. Ela é uma pessoa que não tem essa vivência política. Eu tive dificuldade para ser presidente mesmo com 28 anos de deputado federal. […] Para o Executivo ela não deseja não. Eu não vou proibi-lá (de se candidatar), mas ela já adiantou pra mim”, disse Bolsonaro. O ex-presidente também falou sobre os processos que enfrenta tanto no âmbito eleitoral quanto no criminal, dizendo que não vê “materialidade” nos casos eleitorais e que a PGR pediu o arquivamento dos itens relativos à CPI da Covid-19. “A questão do TSE, o advogado do partido está tratando desse assunto. Eu não vejo materialidade em nada. A ação mais forte contra mim é uma reunião com embaixadores em meados do ano passado. Porque? A política para tratar com embaixadores é prerrogativa minha. Não vejo motivo para me julgar inelegível por isso. Pressão criminal, é basicamente a CPI da Covid. A PGR tem pedido arquivamento de praticamente tudo”, disse o ex-mandatário.

 

Informações da Jovem Pan

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