O presidente da UGT-BA (União Geral dos Trabalhadores da Bahia), Marcelo Carvalho, afirma que a base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) deve estar unida caso queira conquistar a Prefeitura de Salvador nas eleições de 2024. De acordo com o dirigente sindical, além da união das “forças progressistas”, é necessário também “apostar” na juventude política.

“Salvador, ao meu ver, tem um grande problema. Pelo fato de ser governada há tanto tempo pela direita, as políticas públicas e sociais ficaram em último plano. A capital baiana se transformou na cidade da exclusão social, com um imenso abismo social, onde as pessoas não têm renda e cerca de 60% delas moram em bairros periféricos”, disse Marcelo Carvalho

“Diante das mudanças políticas que estão ocorrendo, é preciso também que os jovens se coloquem à disposição da política, para transformar essa cidade”, completou o dirigente.

Ainda segundo Marcelo Carvalho, as discussões sobre as eleições municipais, no campo da esquerda, passam, “obrigatoriamente” pelo governador do Estado. “O companheiro Jerônimo Rodrigues é um grande exemplo de renovação dos atores políticos, que é o que Salvador, de fato, necessita. De uma renovação nos seus quadros políticos, de alguém que pense a cidade para o século 21”.

Para o dirigente sindical, é preciso conhecer de perto os anseios da população de Salvador, caso o grupo político de centro-esquerda queira desbancar o prefeito Bruno Reis (União Brasil), candidato natural à reeleição.  

“Não adianta fazermos planos e projetos se não combinar tudo isso com o eleitor. A população cansou de políticos que legislam em causa próprias, que têm 10, 15 anos de mandato. O povo quer e precisa é de políticas públicas que atendam, sobretudo, a comunidade mais carente da cidade e aos anseios dos trabalhadores. É hora de renovação, de transformação política na cidade de Salvador. E nós, da UGT-BA, estaremos nessa luta”, concluiu.

Levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, divulgado na semana passada, aponta o prefeito Bruno Reis (União Brasil) com 38,1% das intenções de voto, seguido por Lídice com 10,2%. João Roma (PL) foi citado por 7% dos eleitores, Olívia Santana (PCdoB) por 6,6%, Geraldo Jr. (MDB) por 4,5% e Bacelar (PV) por 3,1%. 

Completam a lista: Antonio Brito (PSD) com 2,6%, João Henrique (PDT), 2,5%; Guilherme Bellintani (sem partido), 2,2%; Maria Marighella (PT), 1,9%; e Zé Trindade (PSB), 0,7%.

Não souberam ou não responderam somam 4,7% e 15,9% afirmaram que votariam em branco nulo ou preferiam não votar em qualquer um dos nomes citados.