Deputado Hassan solicita audiência pública para debater a entrada de cacau africano pelo porto de Ilhéus
Sensibilizado com o clamor dos produtores baianos de cacau, que protestam contra a entrada de amêndoas de cacau africanas através do porto de Ilhéus, o deputado Hassan (PP) solicitou nessa segunda-feira (27) ao presidente da Comissão de Agricultura e Política Rural da Assembléia Legislativa da Bahia (Alba), deputado Manuel Rocha, que essa comissão realize audiência pública para debater o tema. O deputado indicou que sejam convidados representantes da Associação Nacional dos Produtores de Cacau (ANPC), produtores de cacau da região cacaueira baiana, Secretaria Estadual da Agricultura e Agência de Defesa Agropecuária (Adab), além de especialistas no assunto.
O parlamentar argumenta que os produtores questionam o risco fitossanitário, oriundo da importação do cacau africano, sob os moldes da IN 125. Essa instrução normativa permite a entrada de cacau sem a utilização da substância Brometo de Metila, única comprovadamente eficaz, no combate a pragas quarentenárias como Phytophthora megakarya e Striga spp, doenças presentes em território africano.
Os produtores baianos afirmam também que os dados da indústria moedora, que alega insuficiência nacional em produção de cacau, para justificar a compra de amêndoas africanas, são questionáveis. Números do IBGE referentes a 2021 revelam que a produção nacional foi de 302.157 mil toneladas de cacau, enquanto a indústria apresentou capacidade para moer 275 mil toneladas, mas só moeu de 220 mil a 230 mil.
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