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Copom deve elevar a Selic pela quinta vez consecutiva, mas próximos passos são incertos
Copom deve elevar a Selic pela quinta vez consecutiva, mas próximos passos são incertos
Por Redação
19/03/2025 às 08:00

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nesta quarta-feira (19) e deve anunciar um aumento de um ponto percentual na taxa Selic, levando-a para 14,25% ao ano. Se confirmado o quinto reajuste seguido para cima, será o maior nível dos juros básicos da economia brasileira desde outubro de 2016. A possível decisão acompanha um cenário de inflação persistente e atividade econômica em desaceleração. O Banco Central tem adotado uma abordagem “data dependent”, ou seja, ajustando sua política monetária conforme os indicadores econômicos. A meta de inflação para 2025 e 2026 é de 3%, mas as previsões do mercado indicam que o índice pode ficar acima desse patamar nos próximos anos.
Desde a última reunião do Copom, realizada em janeiro, os dados econômicos indicaram uma desaceleração mais forte do que o previsto. O PIB do último trimestre de 2024 cresceu abaixo das expectativas, e os principais indicadores econômicos de janeiro mostraram um desempenho fraco. Paralelamente, a inflação acumulada em 12 meses subiu de 4,56% em janeiro para 5,06% em fevereiro, reforçando a necessidade de uma política monetária mais restritiva.
O mercado financeiro já precifica a alta da Selic, e analistas projetam que a taxa possa encerrar o ano em 15%. Há, no entanto, divergências sobre os próximos passos do Copom. Parte dos economistas acredita que o Banco Central deve indicar uma desaceleração no ritmo de alta dos juros nas próximas reuniões, enquanto outros avaliam que o comitê manterá sua postura aberta, sem compromissos prévios sobre futuras decisões.
A alta dos juros tem reflexos diretos na economia. Entre os principais efeitos, estão:
- Custo do crédito: taxas mais elevadas encarecem empréstimos e financiamentos para empresas e consumidores, reduzindo o consumo e o investimento.
- Desaceleração econômica: a elevação dos juros busca conter a inflação ao desestimular a atividade econômica.
- Contas públicas: com a Selic mais alta, aumentam os gastos do governo com o pagamento de juros da dívida pública.
- Mercado financeiro: enquanto o aumento da taxa básica tende a favorecer investimentos em renda fixa, ele pode reduzir a atratividade da bolsa de valores.
No cenário internacional, a política monetária dos Estados Unidos também influencia as decisões do Banco Central brasileiro. O Federal Reserve (Fed) deve manter sua taxa de juros entre 4,25% e 4,50%, e qualquer mudança nesse patamar pode impactar o câmbio e a inflação no Brasil.
Informações da Jovem Pan / Raphael Ribeiro/BCB

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